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Coronavírus (COVID-19)

Os coronavírus são uma grande família de vírus que podem causar doenças em animais ou seres humanos. Recentemente, surgiu em Wuhan, na China, em Dezembro de 2019,  um novo tipo de coronavírus  que causa uma doença chamada de COVID-19.

 Actualmente, há casos registados em quase todo mundo, incluíndo Mocambique. Pelo facto do vírus e da doença terem-se espalhado para diversos outros países, levou a Organização Mundial de Saúde a decretar, no dia 11 de março de 2020, estado de pandemia.
A COVID-19 é uma doença respiratória causada pelo vírus SARS-CoV-2.

Principais sinais e sintomas da COVID -19

Febre

Tosse

Dificuldade respiratória

Alguns pacientes podem apresentar também dores no corpo, coriza, fadiga, dor de garganta e diarreia. A doença pode iniciar como um simples resfriado, mas pode – se agravar e levar à morte. A COVID-19 apresenta um período de incubação (período entre o contágio e o surgimento dos sintomas) de cerca de 2 a 14 dias.

 Os sintomas surgem, geralmente, de forma leve e gradual, e muitos doentes podem se curar sem a necessidade de tratamento especial. No entanto, algumas pessoas podem apresentar agravamento da doença, desenvolvendo dificuldade respiratória e podendo, inclusive, morrer. As pessoas idosas e indivíduos que apresentam certos problemas de saúde, como pressão alta, problemas cardíacos e diabetes, estão mais propensas ao agravamento da doença.

Principais sinais e sintomas da COVID -19

75%-80% da transmissão entre humanos está a ocorrer via contactos estreitos, como familiares.

A principal forma de transmissão da COVID-19 é por contato com o doente, que, ao tossir ou espirrar, expele gotículas respiratórias, que acabam contaminando outras pessoas. Além disso, ao tossir ou espirrar, o doente pode contaminar objetos. Uma pessoa sadia, ao tocar um objeto contaminado e levar a mão à boca, nariz ou olhos, sem antes higienizá-las, pode também se contaminar.

Uma das formas de contaminação é o contacto com superfícies contaminadas

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Contacto com pessoas, quando estão muito juntas

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Medidas de Prevenção

Para se prevenir e também evitar a disseminação da COVID-19, alguns cuidados devem ser tomados, como:

  • Lavar as mãos frequentemente com água, sabão ou cinza e, na ausência desses, higienizá-las utilizando álcool gel em 70%
  • Ao tossir e espirrar, cubra o nariz e a boca utilizando um lenço, que deve ser descartado em seguida, ou então a parte interna do cotovelo
  • Evitar cumprimentar com apertos de mão, beijos e abraços
  • Manter os ambientes arejados
  • Evitar tocar nos olhos, boca e nariz com as mãos sem a devida higienização;
  • Não compartilhar objectos de uso pessoal, como copos e talheres
  • Higienizar objetos que são manuseados com frequência, como celulares;
  • Manter-se a uma distância de pelo menos 1,5 a 2 metro das pessoas que estão tossindo ou espirrando
  • Evitar aglomerações
  • Os profissionais de saúde devem ter atenção especial quanto ao uso de Equipamentos de Proteção Individuais (EPI).

Notas importantes

Evite ir a uma consulta tradicional, a Igreja ou Assistir jogos, enquanto o novo Coronavírus não tiver acabado no nosso país. (para evitar passar ou receber a doença.

O Parto deve ser feito sempre que possivel na unidade sanitária. Se houver algum parto em casa as parteiras tradicionais devem ter a certeza que estao protegidas com máscaras e luvas.

No funeral de qualquer familiar ou amigo todos tem que usar máscaras.

  • Sempre que possível ficar em casa, porque apanham a doença muito facilmente;
  • As visitas a casa dos idosos devem ser reduzidas em especial as crianças nesta altura da doença
  • Lavar com água e sabão utensílios domésticos (Pratos, copos, chávenas, panelas, colheres, etc)
  • Se for deficiente ou idoso, lembre-se de desinfectar com javel, ou Lavar sempre com água e sabão o seus meios de locomoção e de apoio.
  • As mães que amamentam devem continuar a amamentar, tendo o cuidado de lavar as mãos com frequência com água e sabão em todos momentos críticos, incluindo, antes e depois de ter contacto com a criança;
  • As mães devem ser aconselhadas a continuar a amamentação caso o bebé ou criança pequena fique doente com suspeita ou diagnóstico confirmado de COVID-19 ou qualquer outra doença. Caso a mãe tenha problemas respiratórios, deve usar uma mascara (pode ser adaptada com material local) quando estiver a amamentar e cuidar da criança
  • Nas comunidades em que é comum as crianças partilharem as refeições na mesma tigela ou alimentar as crianças a mão, recomenda-se o uso do prato e a colher individual da criança para evitar a transmissão;
  • Se a mãe exprimir o leite materno com uma bomba manual ou eléctrica, ela deve lavar as mãos antes de exprimir o leite materno ou tocar em qualquer parte da bomba ou garrafa e garantir uma limpeza adequada da bomba após cada uso.
  • O leite materno exprimido deve ser oferecido à criança usando um copo e / ou colher limpos, de preferência por uma pessoa que não tenha sinais ou sintomas de doença.

O diagnóstico da COVID-19 é feito pela realização de exames laboratoriais utilizando material respiratório coletado do paciente. São colectadas duas amostras, mediante suspeita da doença.

Até o momento não existe um tratamento específico e cura para a COVID-19, sendo realizado apenas o tratamento dos sintomas.

No entanto, é recomendado que os casos graves sejam encaminhados para hospitais de referência para que haja o isolamento do paciente e o seu tratamento, que consiste basicamente na manutenção do funcionamento do organismo, incluindo o suporte respiratório. Os casos leves são aconselhados a manter alguns cuidados domiciliares, como repouso e hidratação, e são acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS).

O ácido ascórbico é perfeito para o fortalecimento do sistema imunológico, esta substância contribui para produção de células de defesa do organismo, dessa forma através da acção da vitamina C.

Os alimentos ricos em vitamina C:

  • Laranja
  • Toranja, Limão
  • Moringa folhas frescas (caril, sopa, saladas)
  • Malambe
  • Abóbora
  • Papaia
  • Cenoura

Quarentenaé manter, as pessoas aparentemente saudáveis que tiveram contacto com uma pessoa doente, Num LUGAR SEGURO, (pode ser em casa num quarto separado ou noutro local seguro escolhido) durante 14 dias.

Isolamento – separação física de pessoas doentes (NUM LUGAR SEGURO pode ser um quarto, na falta de um quarto podem estar na mesma sala, mas ou a pelos menos dois metros de distância) do convívio das outras aparentemente saudáveis durante o período em que ainda pode transmitir a doença, a fim de evitar que outros indivíduos sejam infectados.

  • Mantenha uma distância mínima de 1,5 metros entre si e os membros da família.
  • Antes de iniciar as actividades DEVE usar o seu material de protecção constituído por máscara e luvas, de protecção. Atenção: este material não pode ser usado por outra pessoa é exclusivamente individual.
  • Cumprimente a família e a comunidade SEM apertar a mão ou outra forma de contacto físico.
  • Se estiver a usar um cartaz ou um álbum para auxiliar no diálogo com a família e a comunidade, segure o mesmo e vá explicando. EVITE que os membros da família toquem nesse material, pois se algum membro da família estiver infectado, pode contaminar o material.
  • Se possível, faça o diálogo com a família e a comunidade num local aberto (Exemplo: Na varanda, debaixo de uma árvore).
  • Se houver pessoas doentes na casa, evite entrar na mesma e evite também tocar na fechadura/maçaneta da porta e outros objectos. Se a pessoa tiver febre e tosse seca recomende para ligar ao “Alô Vida” ou Pensa ou o seu supervisor. Se a pessoa tiver dificuldades para respirar refira à Unidade Sanitária.
  • Assegure que estejam presentes todos os membros da família durante a palestra, use a linguagem que todos entendem. Caso não fale a língua local peça alguém para traduzir. 
  • Depois das actividades, ao chegar à sua casa, lave as mãos com água e sabão ou cinza e se for possível, tire os sapatos antes de entrar.
  • PROTEJA-SE sempre! Redobre a protecção principalmente se for visitar famílias com sintomas de tosse e gripe.

Linhas Telefónicas para contactos em caso de dúvidas ou necessidade de apoio

  • Pessoas vivendo com HIV ou doenças crónicas:

As pessoas vivendo com HIV ou doenças crónicas devem priorizar e manter o tratamento da sua patologia. Existem sintómas parecidos com sintómas de COVID19, aprenda a reconhecer os sintómas e prioriza os sintómas da sua patologia. COVID19 não tem tratamento, prioriza o tratamento da sua patologia. O atendimento nos hospitais e centros de saúde mantém-se e foi adaptado para as pessoas vivendo com HIV e doenças crónicas, de modo a facilitar a obtenção dos medicamentos em tempo de COVID19 (levantamento possível de 3 em 3 meses, ou através de grupos de doentes tipo GAAC).

  • Mulheres e Raparigas:

A pandemia de COVID9 agrava a vulnerabilidade da mulher e da rapariga de diversas formas: aumenta violência em contexto doméstico e no espaço do trabalho, aumenta possibilidade de violência (roubos, ataques sexuais) relacionada com a mobilidade das mulheres, aumenta as infecções por HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis por falta de protecção, relações de poder desiguais na vida sexual, aumento da prostituição para obtenção de renda ou recursos, retorno de familiares emigrados infectados, aumenta a sobrecarga do trabalho não-pago no contexto da família e da comunidade pelo fecho das infra-estruturas públicas de apoio e a perda de apoio familiar ou de vizinhança, aumenta a pobreza por perda do emprego, restrição drástica das actividades económicas, e ausência de medidas de segurança social proporcionadas pelo estado, aumenta a má-nutrição por escassez de alimentos e pelas regras culturais que deixam as mulheres para o fim no acesso aos recursos e aos alimentos e que piora de forma trágica em caso de calamidade pública, aumenta a mortalidade materna por agravamento do acesso a cuidados adequados de saúde.

Para mitigar os impactos da pandemia para as mulheres e as raparigas, devemos em primeiro lugar reconhecer que esta calamidade atinge de maneira diferente mulheres e homens e que, em muitos casos, o impacto na vida das mulheres não é apenas desigual, mas é mais violento, atingindo-as e a todas as pessoas que dependem delas. Por esta razão, as respostas têm que ser diferenciadas e respeitar as especificidades dos grupos sociais a que se referem. Devemos implementar a paridade entre mulheres e homens em todos os processos de análise, compreensão do problema e na tomada de decisões relativas ao presente estado de emergência como também nos processos subsequentes de recuperação da economia, da normalização da vida cívica, política e cultural do país. Enfim devemos implementar medidas de protecção especial para as mulheres e meninas vítimas de violência (física, sexual, económica e sicológica).